terça-feira, 17 de agosto de 2021

 

Acilino Ribeiro é pré candidato ao GDF lançado pelas bases do movimento popular do PSB

Por Zóbia Skartinni e Anne Gimenez

 AGNOT – Agência de Notícias 3º Mundo – MSF –Mídia Sem Fronteiras: 16/17-08-21;         Com a participação de lideranças de base e do movimento popular do PSB no Distrito Federal, blogueiros e midiativistas independentes, militantes do movimento da população de rua e de setores excluídos da sociedade, além de dirigentes de associações comunitárias das várias cidades satélites do DF lideranças estudantis e de trabalhadores que militam no PSB se reuniram por toda noite desta segunda feira, 16, até a madrugada desta terça dia 17. Com o objetivo de organizarem os congressos zonais do Movimento Popular Socialista e numa ampla pauta de debate se reuniram em encontro que parou e decidiu antecipar a discussão sobre 2022 e as eleição para o GDF. O resultado foi a proclamação unanime e o lançamento do nome do ex-secretário de Movimentos Sociais e Participação Popular do GDF, na gestão Rollemberg, advogado e professor universitário Acilino Ribeiro.

A principal causa do lançamento segundo a reportagem apurou é a necessidade de oxigenar o partido para as eleições de 2022 e começar a debater um Programa de Governo que venha a unir a esquerda e atrair a população para um projeto de desenvolvimento econômico e social de ampla participação popular.

Acilino Ribeiro participou da palestra de abertura do encontro onde fez análise da conjuntura local e debateu com os participantes um projeto para o DF, onde defendeu “em primeiro lugar a valorização e fortalecimento do SUS, através de subprogramas descentralizados e integrados na área de saúde para combater a pandemia e outras necessidades que a população precisa ver atendida; a retomada do crescimento econômico através de programas e projetos de uma economia autogestionária envolvendo o apoio a economia solidária, comunitária, verde, sustentável criativa e de Francisco”, afirmou. Porem disse que não queria que aquilo fosse entendido apenas como uma proposta para um programa de governo do PSB, mas também como uma contribuição a uma plataforma de luta de uma Frente Ampla Progressista, a qual defende unindo toda a esquerda brasiliense para reconquistar o GDF.

Após longo debate virtual sobre a política local e as eleições de 2022 os participantes que entraram noite adentro de segunda para esta terça feira decidiram por fazer o lançamento da pré-candidatura de Acilino Ribeiro que conta com a simpatia de diversos membros do PSB DF, de dirigentes nacionais, dos principais segmentos do partido, e principalmente das bases populares do PSB no DF de quem é muito próximo.

Localizado hoje de manhã no interior do Nordeste onde está em tarefa partidária organizando os congressos do MPS, Acilino Ribeiro disse que já ficou sabendo da decisão por volta de umas duas horas da manhã quando lhe ligaram e que ponderou junto aos participantes de que nunca fugiu a uma missão que o partido lhe entregara e sempre cumpre as mesmas, mas esta precisava pensar e que daria uma resposta quando voltar a Brasília nesta sexta feira. Mais adiante afirmou que: “encaro essa decisão como uma missão e missão é para se cumprir custe o que custar, porem tenho algumas ponderações as quais falei a todos antes do término da reunião”.

Dentre as ponderações feitas por Acilino estão: 1. Que essa pré-candidatura sirva para oxigenar o PSB do DF e unir o partido em torno de um projeto comum e de união das esquerdas no DF quando então o PSB deve buscar construir uma candidatura que lhe permita sentar a mesa de articulação de igual pra igual com os demais partidos; 2. Que esta candidatura esteja alinhada com as deliberações da direção nacional do PSB num projeto para derrotar Bolsonaro e de união das esquerdas tanto a nível de DF como a nível nacional numa coligação com o PT, o PCdoB, PSOL, REDE, PV, PCB, PCO, PSTU e UP, Solidariedade e Cidadania, além de outros partidos de centro no apoio a uma candidatura de Frente Ampla Progressista, que ele chamou de Frentão contra o Centrão e a nível nacional estejam todos que apoiam essa candidatura  também dispostos a apoiar a candidatura Lula para presidente; 3. Que essa pré-candidatura além de tentar oxigenar e fortalecer o partido no DF sirva na prática de referência e modelo democrático de construção de outras candidaturas tanto majoritária como proporcional não só do PSB mas de toda esquerda e que esteja aberta ao nascimento de outras pré-candidaturas que promovam um debate fraterno, solidário e propositivo dentro do partido e da esquerda e assim construa um campo democrático e progressista com todas as forças políticas no Distrito Federal.

Acilino declarou ainda que aceitará a pré-candidatura e que vai informar hoje sobre a mesma á Comissão Executiva do PSB DF, no entanto afirmou também que acredita que o ex-governador Rodrigo Rollemberg continua a ser o melhor nome para esta tarefa e que o PSB tem um legado a preservar que é exatamente o que foi construído no governo dele, portanto o tem como o melhor nome do partido para disputar o GDF quando o mesmo quiser.

Acilino Ribeiro retorna a Brasília na próxima sexta feira e prometeu dar uma entrevista coletiva na próxima semana após se reunir com seu segmento social dentro do partido, o MPS, apoiadores independentes, como o grupo de blogueiros e midiativistas que iniciaram o movimento em prol de sua pré-candidatura e dirigentes do PSB do DF para assim começar a pré-campanha. E finalizou a conversa com a reportagem dizendo que “é bom que todos compreendam que essa é apenas uma pré-candidatura e que de dentro do PSB podem surgir outras assim como dentro das forças de esquerda também irão aparecer mais algumas, mas que não serei empecilho nem obstáculo a qualquer outra candidatura. Quero a união destas candidaturas para a restauração da democracia no Brasil e a implantação do Poder Popular e a Democracia Direta no Distrito Federal” concluiu.

AGNOT –MSF – 16/17-08-21; Por ZS&AG.  

PERFIL BIOGRÁFICO: Acilino Ribeiro chegou em Brasília pela primeira vez em 1967 onde estudou no Colégio do Setor Leste, tendo em 1974 ingressado na Faculdade Católica onde foi estudar Economia e posteriormente se formou em Direito na UDF em 1979. Participou ativamente do movimento estudantil da época e retornou ao Piauí no início dos anos 80 após a anistia onde foi eleito Vereador de Teresina (1982-1992); Secretário Municipal de Ação Comunitária e Assuntos do Interior da Prefeitura de Teresina (1986-1988); Superintendente do INCRA (1992-1997); Presidente do Instituto de terras do Piauí / Secretário e Reforma Agrária do Estado (1998-2002); Subsecretário de Serviço Social 2003 a 2006. Tendo retornado a Brasília em 2007 quando saiu do PCB e ingressou no PSB.

          Acilino é um ex-guerrilheiro sobrevivente da luta armada contra a ditadura militar. Foi militante do Partido Comunista Brasileiro e um combativo líder revolucionário de duas organizações políticas nos anos de chumbo: o MR8 - Movimento Revolucionário 8 de Outubro, de tendência guevarista, e do internacionalista MCR – Movimento dos Comitês Revolucionários, de tendência kadafysta. Ficou conhecido como o lendário Comandante Mercúrio, atuante e combativo líder da Internacional Revolucionária com sede na Líbia até o final dos anos de 1980. Hoje é um moderado líder da esquerda brasileira, mas um dos mais ativos militantes e dirigentes do Partido Socialista Brasileiro, Secretário Nacional e membro da Executiva Nacional do PSB é Coordenador Nacional do MPS – Movimento Popular Socialista, principal segmento de massa do partido e considerado o mais a esquerda. É também Primeiro Secretário da Executiva do PSB DF.

          Advogado de movimentos sociais e professor universitário, com oito pós-graduações que o fazem especialista em vários assuntos nas áreas de Geopolítica, Estratégia, Inteligência e Diplomacia é professor de Economia Política, de Direito Internacional, Relações Internacionais e de Filosofia Marxista. Tem dez livros publicados nas áreas de História, Economia, Inteligência, Segurança e Defesa dentre outras. Não gosta de ser considerado um intelectual. Diz que é um camponês alfabetizado, devido os mais de dez anos em que passou no campo como advogado dos sem terras e dos sindicatos de trabalhadores rurais no nordeste do Brasil. Mas é considerado hoje um dos maiores teóricos da esquerda brasileira.

          Acilino Ribeiro foi um dos mais próximos colaboradores da Senadora Leila Barros, tendo sido seu assessor político por mais de dois anos no Senado Federal e por quatro anos Subsecretário de Estado dos Movimentos Sociais e Participação Popular do GDF no Governo Rollemberg, onde se notabilizou como uma espécie de negociador e bombeiro no governo. Era o homem que negociava com os movimentos sociais e sindicais e dava ao governo a necessária tranquilidade para seguir adiante devido a credibilidade e confiança que as organizações populares tinham nele.

          Em Brasília participou da fundação da UNIPOP – Universidade de Políticas do Movimento Popular e foi seu primeiro Diretor Geral. Foi Coordenador Nacional do Movimento Democracia Direta e hoje foca sua atuação como dirigente nacional do Partido Socialista Brasileiro.




 

 

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domingo, 8 de agosto de 2021

 

     Esquerda se articula e começa a dar forma a     Frente Ampla Progressista no DF para 2022

Por Katharine Garcia e Zilda Gimenez


Mídia Sem Fronteiras / MSF – Agencia 3º Mundo / AGNOT – Em 08.08.21 – Dispostos a reunir o mais amplo leque de partidos e movimentos sociais numa ampla Frente Progressista para disputar o GDF e construir uma alternativa progressista para o Distrito Federal, vários líderes da esquerda brasiliense tem se reunido para conversas políticas reservadas. Ora separadamente, algumas vezes juntos, mas o tom das conversas tem sido as eleições de 2022.

-     Dentre estes dirigentes partidários destacam-se o protagonismo dos dirigentes do PT, PSOL, PCdoB, PSB e PDT, dentre outros partidos menores. Porem numa grande articulação que envolve a possibilidade de união das forças de esquerda e a formação dessa Frente.

     Dentre os principais protagonistas dessas conversas, que passaram a acontecer com mais frequência nas últimas semanas, segundo uma fonte do PDT que defende o lançamento de candidatura própria da esquerda ao Buriti, estão como principais protagonistas e a frente dessa articulação o Secretário Nacional e dirigente da Executiva do PSB no DF, advogado Acilino Ribeiro, um dos principais protagonistas dessas conversas; o presidente e o vice-presidente do PT DF, Jacy Afonso e o ex-deputado e ex-ministro Ricardo Berzoini, além dos deputados Chico Vigilante e Arlete Sampaio, ex-vice-governadora, que também tem conversado com diversos partidos; o Deputado Fábio Felix, do PSOL que tem sido um dos nomes cotados para compor uma chapa majoritária em 2022 e o presidente do PCdoB Augusto Madeira, além do vice presidente João Goulart Filho. Em comum estes dirigentes têm como objetivo a construção de uma Frente Ampla Progressista que segundo afirmou outro dos articuladores da Frente deve envolver quinze partidos, da esquerda, centro esquerda e centro.

     Procurados pala reportagem alguns dirigentes confirmaram as conversas informais, mas não possíveis reuniões formais com alguma coisa já fechada. Porem todos defendem a união das esquerdas numa grande Frente até o centro, envolvendo outros partidos como o Solidariedade e o Cidadania. No entanto alguns buscam ampliar essas alianças também não só mais ao centro, mas principalmente mais a esquerda como é o caso de Acilino Ribeiro, do PSB que quer amplia-la também como os movimentos sociais e organizações populares.

       Indagado pela reportagem e numa entrevista essa semana o advogado de movimentos sociais e professor universitário Acilino Ribeiro afirmou que “tem havido conversas de todo mundo com o mundo todo, buscando encontrar uma alternativa viável e possível para um projeto no DF, que deve nascer de um Programa Político comum das forças de esquerda e uma nominata eleitoral que nos assegure uma vitória das forças progressistas.”. Mais adiante Acilino disse que tem conversado com dirigentes de praticamente todos os partidos e o objetivo é compor essa frente com quinze partidos. “Já conversei informalmente com os presidentes e dirigentes de nove desses partidos, mas são apenas conversas informais, troca de impressões e sugestões de propostas a serem encaminhadas futuramente” afirma o socialista.  Acilino tem sido um dos principais articuladores dessa frente uma vez que tem promovido diversos encontros com cafés e almoços onde “o principal cardápio deve ser abater a direita, cozinhar o governo e ganhar as eleições de sobremesa” conforme afirmou numa entrevista recente a um Blog da Capital Federal.

         Nessa mesma entrevista aos blogueiros Acilino afirma que já aconteceram diversas tentativas de unir as esquerdas, mas muitas vezes questões locais atrapalham nacionalmente e vice-versa. Porem dessa vez os objetivos comuns estão nos propiciando uma união possível. Acilino defendeu a união do PSB, seu partido com o PT, PSOL, PCdoB, PDT, PCB, PCO, PSTU, PV, UP, REDE, Cidadania e Solidariedade e ainda a inclusão de mais dois ou três partidos de centro que não quis citar e movimentos sociais como as Frente Povo Sem Medo e Brasil Popular, sindicatos e associações. Afirmou porem que a construção dessa frente não deve se dar em cima de nomes, mas de um programa comum, com um programa hegemonicamente de esquerda, “...voltado para a melhoria da saúde do povo, a recuperação da economia e a retomada do desenvolvimento econômico, o desenvolvimento social e sustentável, o combate à miséria, a fome e principalmente ao desemprego, e com um amplo programa de Participação Popular e Controle Social”. 

           Ao finalizar Acilino foi taxativo: “Desses prováveis nomes que já se apresentam como candidatos fiquem sabendo que não estamos interessados em discutir nomes mas debater propostas e que como já conhecemos essas velhas raposas da política brasiliense, também já sabemos como pensam essas velhas hienas do poder institucional” num claro recado a pretensos candidatos que queiram ter o apoio dessa frente e já começam a procurar a esquerda.

      Acilino afirmou também que essa é uma posição pessoal que sabe que reflete o pensamento de outras pessoas no partido dele e nos demais, mas que ainda existem posições outras e diferentes da dele ele respeita e que são defendidas por alguns dirigentes da esquerda, mas que se caminha para os debates internos em cada partido e essa tendência terminará em consenso partidário. Ele lembrou que promoveu um grande seminário no final do ano passado onde conseguiu reunir dez dos partidos de esquerda e esse ano quando reuniu diversos dirigentes desses partidos em conversas informais propôs a realização de “um Seminário Distrital ou um Ciclo de Debates com todos os partidos progressista e representantes dos movimentos sociais do DF com a finalidade de debater as saídas para os problemas da cidade e os desafios a serem vencidos nas próximas décadas”. Concluiu. Além das estratégias a serem traçadas visando a eleição de governador, senador e deputados federais e distritais, porém sem lançamento de nomes ainda.

          Outros nomes respeitados suprapartidariamente têm se movimentado também acompanhando ou contribuindo para essa construção segundo informou o dirigente socialista. Mas para preservar a imparcialidade das articulações preferiu não citar nomes.

 

MSF –AGNOT – Em 08.08.21 – KG/ZG.


Líderes da esquerda defendem Frente Ampla Progressista no DF


ACILINO RIBEIRO, do PSB



JACY AFONSO, do PT




AUGUSTO MADEIRA, do PCdoB

 



FÁTIMA SOUSA, do PSOL

 



  PEDRO IVO, da REDE




    RICARDO BERZOINI, do PT




   JOÃO GOULART FILHO, do PCdoB




 Deputada Arlete Sampaio, PT




  Deputado Chico Vigilante, PT

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          Deputado Fábio Félix, PSOL




 TONINHO e MANINHA, dirigentes do PSOL.



Seminário promovido pela UNIPOP e a TV Comunitária DF 

foi a primeira tentativa de unir as esquerda no DF para 2022.