Esquerda se articula e começa a dar forma a Frente Ampla Progressista no DF para 2022
Por Katharine Garcia e Zilda Gimenez
Mídia Sem Fronteiras
/ MSF – Agencia 3º Mundo / AGNOT – Em 08.08.21 – Dispostos a reunir o mais amplo leque de partidos e
movimentos sociais numa ampla Frente Progressista para disputar o GDF e
construir uma alternativa progressista para o Distrito Federal, vários líderes
da esquerda brasiliense tem se reunido para conversas políticas reservadas. Ora
separadamente, algumas vezes juntos, mas o tom das conversas tem sido as
eleições de 2022.
- Dentre estes dirigentes
partidários destacam-se o protagonismo dos dirigentes do PT, PSOL, PCdoB, PSB e
PDT, dentre outros partidos menores. Porem numa grande articulação que envolve a
possibilidade de união das forças de esquerda e a formação dessa Frente.
Dentre os principais protagonistas
dessas conversas, que passaram a acontecer com mais frequência nas últimas
semanas, segundo uma fonte do PDT que defende o lançamento de candidatura
própria da esquerda ao Buriti, estão como principais protagonistas e a frente
dessa articulação o Secretário Nacional e dirigente da Executiva do PSB no DF,
advogado Acilino Ribeiro, um dos principais protagonistas dessas conversas; o
presidente e o vice-presidente do PT DF, Jacy Afonso e o ex-deputado e ex-ministro Ricardo Berzoini, além
dos deputados Chico Vigilante e Arlete Sampaio, ex-vice-governadora, que também tem conversado com
diversos partidos; o Deputado Fábio Felix, do PSOL que tem sido um dos nomes cotados para compor uma chapa majoritária em 2022 e o presidente do PCdoB
Augusto Madeira, além do vice presidente João Goulart Filho. Em comum estes
dirigentes têm como objetivo a construção de uma Frente Ampla Progressista que
segundo afirmou outro dos articuladores da Frente deve envolver quinze
partidos, da esquerda, centro esquerda e centro.
Procurados pala reportagem alguns
dirigentes confirmaram as conversas informais, mas não possíveis reuniões
formais com alguma coisa já fechada. Porem todos defendem a união das esquerdas
numa grande Frente até o centro, envolvendo outros partidos como o
Solidariedade e o Cidadania. No entanto alguns buscam ampliar essas alianças também
não só mais ao centro, mas principalmente mais a esquerda como é o caso de
Acilino Ribeiro, do PSB que quer amplia-la também como os movimentos sociais e organizações populares.
Indagado pela reportagem e
numa entrevista essa semana o advogado de movimentos sociais e professor
universitário Acilino Ribeiro afirmou que “tem
havido conversas de todo mundo com o mundo todo, buscando encontrar uma
alternativa viável e possível para um projeto no DF, que deve nascer de um
Programa Político comum das forças de esquerda e uma nominata eleitoral que nos
assegure uma vitória das forças progressistas.”. Mais adiante Acilino disse
que tem conversado com dirigentes de praticamente todos os partidos e o
objetivo é compor essa frente com quinze partidos. “Já conversei informalmente com os presidentes e dirigentes de nove
desses partidos, mas são apenas conversas informais, troca de impressões e
sugestões de propostas a serem encaminhadas futuramente” afirma o
socialista. Acilino tem sido um
dos principais articuladores dessa frente uma vez que tem promovido diversos
encontros com cafés e almoços onde “o principal
cardápio deve ser abater a direita, cozinhar o governo e ganhar as eleições de
sobremesa” conforme afirmou numa entrevista recente a um Blog da Capital
Federal.
Nessa mesma entrevista aos blogueiros Acilino afirma que já aconteceram diversas tentativas de unir as esquerdas, mas muitas vezes questões locais atrapalham nacionalmente e vice-versa. Porem dessa vez os objetivos comuns estão nos propiciando uma união possível. Acilino defendeu a união do PSB, seu partido com o PT, PSOL, PCdoB, PDT, PCB, PCO, PSTU, PV, UP, REDE, Cidadania e Solidariedade e ainda a inclusão de mais dois ou três partidos de centro que não quis citar e movimentos sociais como as Frente Povo Sem Medo e Brasil Popular, sindicatos e associações. Afirmou porem que a construção dessa frente não deve se dar em cima de nomes, mas de um programa comum, com um programa hegemonicamente de esquerda, “...voltado para a melhoria da saúde do povo, a recuperação da economia e a retomada do desenvolvimento econômico, o desenvolvimento social e sustentável, o combate à miséria, a fome e principalmente ao desemprego, e com um amplo programa de Participação Popular e Controle Social”.
Ao finalizar Acilino foi taxativo:
“Desses prováveis nomes que já se
apresentam como candidatos fiquem sabendo que não estamos interessados em
discutir nomes mas debater propostas e que como já conhecemos essas velhas
raposas da política brasiliense, também já sabemos como pensam essas velhas
hienas do poder institucional” num claro recado a pretensos candidatos que
queiram ter o apoio dessa frente e já começam a procurar a esquerda.
Acilino afirmou também que essa é uma posição pessoal que sabe que reflete o pensamento de outras pessoas no partido dele e nos demais, mas que ainda existem posições outras e diferentes da dele ele respeita e que são defendidas por alguns dirigentes da esquerda, mas que se caminha para os debates internos em cada partido e essa tendência terminará em consenso partidário. Ele lembrou que promoveu um grande seminário no final do ano passado onde conseguiu reunir dez dos partidos de esquerda e esse ano quando reuniu diversos dirigentes desses partidos em conversas informais propôs a realização de “um Seminário Distrital ou um Ciclo de Debates com todos os partidos progressista e representantes dos movimentos sociais do DF com a finalidade de debater as saídas para os problemas da cidade e os desafios a serem vencidos nas próximas décadas”. Concluiu. Além das estratégias a serem traçadas visando a eleição de governador, senador e deputados federais e distritais, porém sem lançamento de nomes ainda.
Outros nomes respeitados
suprapartidariamente têm se movimentado também acompanhando ou contribuindo
para essa construção segundo informou o dirigente socialista. Mas para
preservar a imparcialidade das articulações preferiu não citar nomes.
MSF –AGNOT – Em 08.08.21
– KG/ZG.
Líderes da esquerda defendem Frente Ampla Progressista no DF
ACILINO RIBEIRO, do PSB
FÁTIMA SOUSA, do PSOL
.
Seminário promovido pela UNIPOP e a TV Comunitária DF
foi a primeira tentativa de unir as esquerda no DF para 2022.
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